Aproximadamente 600 policiais participaram de Assembleia Geral nesta quarta-feira (06), realizada no pátio da Chefatura de Polícia Civil, em Vitória. As Entidades Unidas da Polícia Civil decidiram por paralisar os serviços até a meia-noite desta quarta-feira em função da morte do Investigador Marcelo que faleceu em combate diante da falta de condições de trabalho a que estão expostos os policiais capixabas. Vão funcionar apenas os serviços essenciais como flagrantes e recolhimento/liberação de corpos. Amanhã (quinta-feira) os representantes dos policiais civis estarão em São Mateus para fazer cumprir ordem judicial de fechamento do DPJ em função da impossibilidade de funcionamento. No dia 17 de fevereiro haverá nova assembleia das Entidades Unidas (Peritos Médicos Legistas, Perito Criminal, Escrivães, Investigadores, Peritos Papiloscópicos e Delegados) para deliberar a mobilização geral.

Em apoio ao movimento da sociedade pela melhoria na Segurança Pública os policiais civis caminharam até o quartel da Polícia Militar onde fizeram um ato de apoio às famílias dos militares. Às 14h seguiram em carreata para o enterro do colega Investigador, no cemitério Jardim da Paz (Serra).

Há tempos a situação vem sendo denunciada aos responsáveis pela gestão e ainda assim a vida dos trabalhadores é colocada em risco tanto quanto toda a sociedade que sofre com a falta de compromisso com a Segurança Pública. “Estamos ao lado da sociedade para dizer ao governador que não adianta uma sensação de segurança. Precisamos de condições de trabalho para garantir à população a segurança a que tem direito. Estamos todos juntos nessa luta pela vida. Não é mais possível termos tantas vidas ceifadas por pura intransigência. Nós temos acesso às contas e sabemos o que é possível fazer, ninguém aqui pediu o impossível porque estamos nas ruas diariamente e conhecemos a vida cotidiana, na rua, onde ela acontece. Não estamos falando de dentro dos gabinetes”, afirmou o presidente da Associação dos Investigadores de Polícia Civil, Junior Fialho.