A Associação e o Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado do Espírito Santo (ASSINPOL e SINPOL)  foram surpreendidos com nota publicada em coluna de jornal de grande circulação alegando que o Sindipol quer cargo único na Polícia.  É importante esclarecer que tal proposta não reflete a vontade dos Investigadores que já fizeram as devidas reflexões sobre tal proposta e, em Assembleia Geral do sindicato que representa a categoria, foi definida posição contrária à referida proposta uma vez que o modelo apresentado desorganiza ainda mais o pouco de estrutura que conseguimos até os dias atuais.

Respeitando cada cargo e função, é impossível imaginar um Investigador receber a denúncia, ir às ruas, investigar, ouvir testemunhas, retornar à delegacia, realizar  oitivas, preparar relatórios, cumprir prazos de cartório e outras tantas funções administrativas até que o inquérito seja levado à justiça. Isso tudo sem contabilizar os inúmeros flagrantes que chegarão às delegacias. O modelo vem sendo testado em uma cidade pequena, no interior do Ceará, com características bem diversas do Estado do Espírito Santo. Há algum tempo a Secretaria Nacional de Segurança Pública vem realizando encontros estaduais e discutindo o tema tendo já publicado diversos documentos contrários a essa possibilidade.

É importante ressaltar ainda que tal proposta está sendo apresentada por uma diretoria que que acabou de assumir o mandato e não realizou qualquer Assembleia, Seminário ou reunião com as partes interessadas para debater o tema. É lamentável tamanha irresponsabilidade ao dar publicidade a uma proposta sem realização de amplo debate com as categorias que seriam atingidas por essa proposta absurda.

Desde já os Investigadores de Polícia tornam público seu repúdio à ação por entender que a melhoria do sistema de Segurança Pública passa por valorização do salário dos Policiais, respeito às funções de cada cargo e modernização com garantia de qualidade. Cada macaco no seu galho faz com que tenhamos um sistema policial que respeita as diferenças de cada função para a qual foram treinados seus servidores e possamos exigir de cada um o cumprimento de seu papel sem confundir a possibilidade de uma carreira única com um cargo único.

Hoje temos o Delegado que preside o inquérito policial, teve formação em Direito e oferece todo o arcabouço jurídico para remeter o inquérito à justiça. O escrivão tem o importante papel de transcrever os depoimentos colhidos de vítimas e autores dando fé pública a esses depoimentos, além de desempenhar a importante função de garantir que os prazos sejam cumpridos e ainda de guardar todas os objetos apreendidos conforme designado pela legislação. Aos Investigadores cabe a apuração dos fatos levantando provas, detendo suspeitos para acareação e produzindo relatórios sobre os fatos investigados. Em um sistema, essas diferentes funções resguardam o direito à segurança; avaliam de forma a evitar falhas e, em conjunto, evitam vícios de avaliação.

Assim, os Investigadores de Polícia mais uma vez reiteram a importância dos diversos cargos e funções no sistema de Polícia Civil, cada qual cumprindo verdadeiramente seu papel. Repudiamos essa indicação tola a um cargo único como se tanto a entrada como a formação policial tivessem sido para a realização de uma única tarefa. Cada macaco no seu galho, para garantir a qualidade na Segurança Pública. Não queremos a hipocrisia de tudo junto e misturado; mas a seriedade e o compromisso de todos juntos em suas diferentes funções.

Para A Gazeta

Em relação à nota publicada com o título “Sindipol quer cargo único na Polícia Civil”, os  Investigadores de Polícia do Espírito Santo esclarecem a contrariedade à proposta tendo em vista a ampla discussão realizada com a categoria e a decisão em Assembleia Geral do Sindicato dos Investigadores. A luta pela modernização da Polícia Civil envolve valorização policial, investimentos e formação. Misturar tudo não é organizar; modernizar é muito mais que isso. É cada um cumprir suas funções em seus cargos com valorização e dignidade. Há algum tempo a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) vem realizando encontros estaduais e discutindo o tema tendo já publicado diversos documentos contrários a essa possibilidade.

Respeitando cada cargo e função, é impossível imaginar um Investigador receber a denúncia, ir às ruas, investigar, ouvir testemunhas, trocar tiros em caso de reações,  retornar à delegacia, realizar  oitivas, preparar relatórios, cumprir prazos de cartório e outras tantas funções administrativas até que o inquérito seja levado à justiça. Isso tudo sem contabilizar os inúmeros flagrantes que chegarão às delegacias.

Cada macaco no seu galho faz com que tenhamos um sistema policial que respeita as diferenças de cada função para a qual foram treinados seus servidores e possamos exigir de cada um o cumprimento de seu papel sem confundir a possibilidade de uma carreira única com um cargo único. Em um sistema, essas diferentes funções resguardam o direito à segurança; trabalham de forma a evitar falhas e, em conjunto, evitam vícios de avaliação.

Assim, os Investigadores de Polícia mais uma vez reiteram a importância dos diversos cargos e funções no sistema de Polícia Civil, cada qual cumprindo verdadeiramente seu papel. Repudiamos essa indicação tola a um cargo único como se tanto a entrada como a formação policial tivessem sido para a realização de uma única tarefa. Cada macaco no seu galho, para garantir a qualidade na Segurança Pública. Não queremos a hipocrisia de tudo junto e misturado; mas a seriedade e o compromisso de todos juntos em suas diferentes funções.