Mesmo debaixo de forte chuva na manhã desta segunda-feira (22), os investigadores de Polícia, os Delegados de Polícia, os Peritos Criminais e os Médicos Legistas lotaram o auditório da Chefatura de Polícia Civil para aprovarem por unanimidade a pauta da luta unificada com os Policiais Militares e Bombeiros Militares, composta dos seguintes pontos:
1 – Adesão das categorias à Frente Unificada de Valorização Salarial PCES, PMES e CBMES;
2 – Aprovação de proposta Conjunta de Recomposição Salarial PMES, PCES e CBMES;
3 – Aprovação da Mobilização Unificada pela Valorização Salarial PCES, PMES e CBMES;
4 – Manutenção das Categorias em Assembleia Geral Permanente;
5 – Estruturação de Grupos de Trabalho Conjunto de Combate à Corrupção Desenfreada;
6 – Aprovação de movimentos nas ruas pela Valorização dos Policiais e Bombeiros.
Diante da indignação com a inércia de um governo que até o momento repete literalmente o que criticava nas eleições em governos passados e que levou ao caos no Espírito Santo, os Policiais Civis presentes à Assembleia Geral Unificada dos Delegados, Investigadores e Peritos Oficiais Criminais decidiram à unanimidade que o Movimento Unificado com os Policiais Militares e Bombeiros Militares deve ganhar as ruas.
As categorias decidiram cobrar do governo um piso salarial na mediana de cada categoria em nível nacional e por encaminhar requerimento ao Governador para receber as lideranças da Frente Unificada Salarial para que a construção de uma política pública de valorização dos Policiais saia da surrada retórica política que perdura por anos e que lançou os salários dos Policiais Capixabas entre os piores do Brasil.
Prazo para criar política pública de valorização das categorias
O prazo estipulado pelos presentes foi de 20 dias e continuando o mesmo tratamento de desvalorizar quem de fato reduz a criminalidade no Espírito Santo aos menores índices da história, que são os Policiais Civis e Militares e Bombeiros Militares, a mobilização deve ser imediata, comunicando-se à população os motivos pelos quais mais uma vez um Governo coloca os policiais no beco sem saída das dívidas, da falta de saúde digna, da falta de recursos para proteção pessoal e familiar e do abandono.
As categorias decidiram também se insurgir contra perseguições ou represálias de quaisquer tipos com objetivo de calar e punir policiais, atos típicos daqueles que pretendem retirar do esforço sobre-humano dos Policiais a diminuição da violência e da criminalidade (diminuição que vem ocorrendo no ES há anos seguidos) querendo fazer parecer que isso se deve unicamente a programas pirotécnicos que só mudam de nome a cada governo.
População quer combate efetivo à corrupção e repudia baixos salários
As categorias decidiram também que operações de combate à corrupção devem ser efetivadas no ES, um dos poucos estados em que até o momento setores policiais essenciais na luta contra crimes de colarinho branco estão sucateados, impedindo de retirar da vida pública nomes que entram e saem dos noticiários deixando a população estarrecida com a impunidade.
A Frente Unificada de Valorização dos Policiais e Bombeiros tem se reunido com comerciantes e clubes lojistas, com representantes das denominações religiosas, com órgãos públicos, privados e da sociedade para mostrar os aviltantes salários dos Policiais Capixabas. Nas reuniões têm sido unânimes as demonstrações de apoio às reivindicações dos Policiais e muitos repudiam quando constatam que a situação de fato é péssima quando comparada com estados até bem mais pobres do que o ES.
Todos são testemunhas que prazos estão sendo dados e que tentativas de diálogo estão sendo adotadas e esgotadas. A velha conversa política de lei de responsabilidade e arrecadação já não engana mais a ninguém. O ES não é a pior economia do país para remunerar Policiais com os piores salários do Brasil.
Os Policiais Capixabas são os que apresentam os melhores índices nacionais de resolução de crimes. Enquanto a média nacional de resolução de homicídios é de 8%, aqui no ES é de mais de 60%. Média de Europa com Policiais com salários de Burkina Faso. E OS MELHORES ÍNDICES DO BRASIL SE DEVEM AO PROGRAMA “POLICIAL PRESENTE”, MESMO SEM A VALORIZAÇÃO DEVIDA PELO ESTADO MAU PAGADOR.
Clamamos a todos que compareçam maciçamente à próxima convocação. Sem luta e participação efetivas, não há vitória mágica.
A Diretoria